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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Cansei de ser Cansei de Ser Sexy

tchau p-o-b-r-e-s-!”

por Rudá Almeida

De uma coisa eu tinha certeza desde que as primeiras músicas do Donkey vazaram: o Cansei de Ser Sexy não só está uma banda melhor (evitando a todo custo o clichê de usar ou fazer referência a “amadurecimento”), como, principalmente, está uma banda diferente. E eu não estou falando de mudança de som. A saída de uma das integrantes e a troca definitiva de nome pra (a abreviação) CSS apontavam pra isso, óbvio. Mas foram diversos outros fatores que estiveram em jogo durante o "loooongo" período desde o lançamento do primeiro disco que ocasionaram toda essa mudança.

E como pareceu longo. Hoje em dia são poucas as bandas que se dão ao luxo de passar mais de 3 primaveras sem lançar material novo. No caso dos brasileiros, o perfeccionismo de Adriano Cintra e o sucesso internacional contribuíram para a demora. As primeiras aparições no blog de Lúcio Ribeiro e o show no Tim Festival de 2004 já nem parecem tão próximos, já que durante esse pequeno intervalo de tempo o CSS deixou de ser apenas mais um fenômeno da internet e ganhou notoriedade mundo a fora; assinou com a Subpop, fez show de ponta a ponta dos Estados Unidos, rodou por quase toda a Europa e  tocou em praticamente todos os principais festivais de música que nós pobres mortais estamos acostumados a ‘ouvir falar’ e assistir vídeos no Youtube. Elas (e ele) só podiam ter mudado.

O Donkey, afinal, é o reflexo disso tudo. O disco consegue ser melhor que seu antecessor em QUASE todos os aspectos. Primeiro porque tem cara de disco, e não de compilação de singles. Depois, ele é mais enxuto, pesado e muito, mas muito mais bem produzido. O considero até um dos discos *de banda brasileira* mais bem produzidos de todos os tempos (ia colocar *nacionais*, mas essa expressão nem cabe mais). Pra quem falava que a banda era ruim e que nenhum das meninas sabia tocar e pra quem, acima de tudo, odiava com todas as entranhas seu sucesso, Donkey é um tapa na cara. Ah, e por que o QUASE? Porque há também quem sinta falta (eu!) da brasilidade (aqui ganhando uma conotação boa, veja só) do primeiro disco…

Desculpem-me mais uma vez o trocadalho, mas elas (e ele!) realmente cansaram de ser Cansei de Ser Sexy e se tornaram uma outra banda. Nenhuma faixa do disco novo parece ter saído do mesmo grupo que há tão pouco tempo ficou famoso pelas letras irreverentes e pela maneira tosca de tocar. Pra continuação da alegria e da tristeza de muitos, o (agora) CSS cresceu e tomou proporções gigantescas. Esqueçamos, então, das letras em português, tirações de sarro e shows no Mada, tá certo galera? Tá certo.

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